Empresas se reinventam para manter a tradição das festas juninas em tempos de coronavírus
As festas juninas ou de São João são tradicionais neste mês em Minas Gerais e, com a pandemia do novo coronavírus, pessoas e empresas de Belo Horizonte precisaram inovar para não deixar de comemorar e faturar.
É o caso de Soraya Ordones Figueiredo Marri, de 56 anos, proprietária da Leve Doçura. Com as dez lanchonetes fechadas, a empresária criou kits juninos para driblar o isolamento social.
Ela montou caixas com comidinhas típicas da época, como caldos de feijão e mandioca, canjica, mingau de milho verde, pé de moleque, cajuzinho, cocada, tropeiro, galinhada, pão de queijo com pernil e até prendas de pescaria. “É uma alegria muito grande das mães recebendo as caixas”, disse.
Soraya usa redes sociais como Twitter, Instagram e Facebook para fazer a divulgação do negócio. Há mais de 20 anos no mercado, a empresa com 100 funcionários se reinventou com a crise. “É uma saída para inovar e tentar sobreviver. Está me surpreendendo. Todo muito fica numa alegria e está corrido para atender a todos”, destacou a empresária.
Dentro das mesmas perspectivas, a cozinheira Risoleta de Oliveira Moreira também se renovou aos 77 anos para deixar a crise de lado.
A Delícias da Risa, na capital mineira, também se adaptou em época de pandemia para vender guloseimas doces e salgadas de festa junina. Com a ajuda da nora, Risa divulga pelo WhatsApp o cardápio.
Caldos, pé de moleque, canjica e mingau de milho verde são algumas das opções oferecidas pela veterana. Normalmente os pedidos são feitos durante a semana e as entregas realizadas aos sábados. “É uma tendência que veio para ficar. Seja para festas juninas, casamentos, aniversários. O caminho está sendo este para grandes e pequenos negócios”.